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Você tem uma ideia de negócio, mas não consegue colocar ela em prática?

Publicado em: EVOA, Ideação, Matheus Cesco

Você tem uma ideia de negócio, mas não consegue colocar ela em prática?

Entenda quais são os 5 erros mais comuns dos empreendedores

O primeiro grande desafio de todos os empreendedores, independente da sua experiência profissional ou da área de atuação onde pretende empreender, é exatamente o mesmo – todos se deparam com a seguinte pergunta:

Como vou tirar a minha ideia de negócio do papel e transformar em algo real?

Esta pergunta serve como uma seleção natural onde a maioria dos futuros empreendedores irão desistir, e uma minoria irá tentar de alguma forma colocar o projeto em prática.

Anos depois, o resultado mais comum que se ouve da fatia dos empreendedores que desistiram é: “se eu tivesse persistido, eu seria o dono do Netflix ou da Uber”, por exemplo.

Você já parou para pensar porque é tão difícil colocar os projetos em prática? Vamos explorar neste artigo algumas destas razões e o mais importante: dicas para você fazer diferente!

5 erros mais comuns que bloqueiam os empreendedores de colocarem os projetos em prática

1. Acreditar que precisa do produto pronto para lançar

“Se você não tem vergonha da primeira versão do seu produto, você demorou demais para lançar.”

Essa é uma das frases mais famosas do Reid Hoffman, fundador do Linkedin. Ela ilustra exatamente como algumas das grandes empresas que conhecemos hoje começaram.

Para exemplificar, provavelmente você não se lembra disso, ao lado temos é uma das primeiras versões do Youtube, maior rede compartilhamento de vídeos do mundo.

Outras empresas, por sua vez já adotam a metodologia de colocar os seus produtos para os clientes testarem e irem melhorando baseado nos feedbacks e proposta de valor. Um exemplo claro de empresa que lançou o produto “inacabado” foi o Nubank.

Você já parou para pensar porque o Nubank, chama NuBANK e não NuCreditCard?

Os empreendedores começaram somente com a funcionalidade cartão de crédito e com um sistema de indicações que limitava os usuários iniciais (early adopters). Ao longo do tempo foram inseridas novas funcionalidades como: cartão de débito, NuConta, empréstimo, conta PJ, entre outras.

Portanto, para lançar o seu produto, foque na principal proposta de valor e ao longo do tempo OUÇA seus clientes e elenque a sua prioridade.

Para falar um pouco da importância de ouvir os clientes, dedicamos o próximo tópico para este tema.

2. Não ouvir os clientes

Cada vez mais as empresas têm adotado práticas de ouvir o que os clientes falam e sugerem para melhorar não só os produtos, bem como o seu posicionamento de marca.

O Mc Donalds, por exemplo, para se conectar mais com os seus clientes, mudou o nome de alguns estabelecimentos para Méqui.

Os empreendedores (principalmente aqueles que já tem outros negócios consolidados) tem receio de “queimar o produto” se não tiver 100% pronto. O grande medo é: o que será que meus clientes vão falar se não funcionar? A resposta é simples: eles vão falar exatamente o que você precisará priorizar nos próximos dias.

O que normalmente acontece é exatamente ao contrário. O empreendedor cria hipóteses do que os clientes irão achar do seu produto ou serviço. Quando realmente lançam é algo mais ou menos assim que acontece:

Portanto, no processo de tirar a ideia do papel e colocar em prática, não tenha medo nem vergonha de receber feedbacks, você utilizará estes feedbacks para melhorar.

Os feedbacks são importantes para que você possa encontrar realmente com a DOR (o problema) que os clientes estão sentindo. A partir daí você vai pensar na melhor forma de resolver essa dor – Essa é a proposta de valor do seu produto!

3. Não ter metas e prazos claros

Este erro é mais comum do que possa parecer. Você não ter um objetivo de onde (e quando) quer chegar, você nunca saberá se chegou lá!

Para deixar o seu planejamento ainda mais assertivo, é importante que você crie metas diárias, semanais, mensais e assim por diante até atingir o seu objetivo.

Ao adotar essa prática, irá perceber que o planejamento é um “fazejamento” – você vai ter que cumprir mini tarefas todos os dias e quando perceber está com o produto lançado, faturando e gerando valor para os clientes.

Existem indicadores específicos para cada empresa, porém, na grande maioria dos casos, sugiro que adote as seguintes métricas:

  • Número de horas de dedicação diárias – é importante dedicar um tempo todos os dias, sucesso é constância.
  • Quantos meses você consegue aguentar sem ter 1 real de faturamento – esse indicador te mostrará o prazo que tem para fazer dar certo o negócio ou mudar
  • Número de clientes prospectados – Com quantos clientes você está tentando falar para vender sua ideia – antes mesmo de ter o produto
  • Número de reuniões de venda – Quantas potenciais clientes você conseguiu uma reunião.
  • Dica extra: se o cliente se interessar, peça um prazo de entrega para o seu cliente que seja suficiente para você fazer e entrega-lo.
  • Número de contratos assinados e rejeitados – métrica para avaliar se os clientes estão dispostos a pagarem por uma solução
  • Dica extra: se você está com muitos contratos rejeitados não significa que o problema que você está tentando resolver é ruim. Muitas das vezes o script de venda não está alinhado!

4. Achar que o produto venderá sozinho na internet

Muitos empreendedores apostam muito em fazer um produto perfeito e acreditam que por si só ele venderá na internet. Infelizmente não é muito bem assim que acontece.

A estratégia de venda inbound (quando o cliente procura pelo seu produto e faz a compra) é utilizada para médio e longo prazo.

No curto prazo sugiro que utilize prospecção ativa (você ir atrás dos potenciais clientes para vender)

Para isso, tenha um script de venda muito bem alinhado!

5. Não conhecer o mercado de atuação

Vou contar uma história que aconteceu comigo e que deixa muito clara como conhecer o mercado de atuação é muito importante.

“Certa vez fiz um estudo muito aprofundado sobre pecuária de corte. Basicamente eu gostaria de entender se valeria a pena o pecuarista manter o gado engordando livre no pasto ou confinado, na região do norte do Paraná. Após os prêmios acadêmicos, decidi transformar em um negócio e procurei os primeiros clientes para vender. Ao apresentar a proposta (na época era cerca de R$100.000,00) a maioria dos pecuaristas me respondiam desta forma: com esse valor eu compro X cabeças de gado e em 24 meses tenho o dobro do valor.”

Lição: se eu tivesse apresentado a proposta em arrobas (medida usada pelos pecuaristas sobre o peso do gado) e não em reais, eles teriam a percepção de valor totalmente diferente.

Ou seja, fale a língua do seu cliente. Entenda muito bem como o mercado funciona atualmente para tentar adotar uma inovação ou uma nova proposta de valor.

Introduza essa inovação aos poucos, afinal de contas, as mudanças elas são gradativas.

Este é uma das falhas que acontecem e mais frustram os empreendedores de primeira viagem.

Por fim, as dicas acima podem ajudar você, futuro empreendedor, a ter uma clareza melhor de como se encorajar e desengavetar as suas ideias de negócio. Estes erros são os mais comuns entre empreendedores que tentam entrar em um programa de aceleração da EVOA Aceleradora. Para ajudar de uma forma mais efetiva os empreendedores, criamos o programa de Ideação 100% gratuito que tem o propósito ajudar os empreendedores a tirar a ideia do papel. Se quiser saber mais se inscreva no link abaixo que iremos entrar em contato.

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